Dever de memória. Direito ao esquecimento?

Lembrar organiza debate no dia 25 de maio sobre o direito ao esquecimento.

Em 11 de fevereiro de 2021, por decisão majoritária, o STF concluiu que o pleito de “direito ao esquecimento” – que possibilitaria, em razão da passagem do tempo, o impedimento de divulgação de fatos verídicos em meios de comunicação – é incompatível com a Constituição Federal Brasileira.

As políticas de memória e o medo ao esquecimento (que a antecede, mas também a sucede) têm estado ligados a temas como Holocausto (na Europa) e regimes ditatoriais (na América Latina), e mais recentemente às diásporas negras. Esse último, responsável pelo recente movimento de decolonização de museus e de derrubadas de estátuas públicas em vários lugares do mundo.

Considerando que a memorialização faz parte de movimentos políticos, disputas sociais e narrativas temporais, é possível pereniza-la? A transformação de monumentos históricos em produtos inseridos na “economia da experiência” dá conta do dever de memória? O que pode (ou deve) ser pleiteado ao esquecimento?

No dia 25 de maio de 2021, o Lembrar promove debate sobre o Dever de Memória frente ao Direito ao Esquecimento, com a participação de Paulo Knauss, que falará do papel das instituições como lugares de memória; Martha Abreu, que tratará da memória da escravidão e a patrimonialização da cultura negra no Brasil; Dulce Pandolfi, que abordará memória e negacionismo da ditadura militar brasileira; e mediação de Carina Martins.

Paulo Knauss é Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense, professor da mesma Universidade, foi diretor do Museu Histórico Nacional (2015 a 2020) e do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (2007 e 2014).

Martha Abreu é Doutora em História pela Universidade de Campinas, professora do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense.

Dulce Pandolfi é Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense. Foi pesquisadora e professora do CPDOC da Fundação Getulio Vargas, diretora do Centro Interanacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento e presidente do Conselho Curador do Ibase.

Carina Martins é Doutora em História, Política e Bens Culturais pelo CPDOC da Fundação Getulio Vargas, professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Inscrições pelo link: https://www.espm.br/eventos/dever-de-memoria-direito-ao-esquecimento/.

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