A interconexão da Economia Criativa e o Design no contexto organizacional: a prática da empatia
Mônica Assis Marques Barbosa (ESPM), Patrícia Duarte Gonçalves (ESPM), Mirella de Menezes Migliari (ESPM RJ)
Resumo: Este artigo tem como objetivo identificar a interconexão da Economia Criativa e o Design no contexto organizacional. A metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica caracterizando-se como exploratória. O referencial teórico está pautado em conceitos sobre pós-modernidade, globalização e a importância da diversidade cultural para a Economia Criativa, assim como para o Design. Concluiu-se que a interconexão está relacionada a prática da empatia em prol da criatividade.
Palavras chave: Economia Criativa. Design. Diversidade. Empatia. Estratégia Organizacional.
INTRODUÇÃO
Para contextualizar o cenário contemporâneo organizacional a investigação inicia com conceitos sobre pós-modernidade, globalização e os dilemas da diversidade cultural. Apresenta-se o cotejamento do pensamento de Bauman (2013) com a modernidade líquida e de Canclini (2008) com a sua teoria denominada hibridação.
Da Silva (2018) aponta que a gestão pós-moderna faz parte do mesmo movimento que a aceleração tecnológica e a globalização, tendo a diversidade como um dos mais importantes fundamentos estratégicos das organizações.
Estas descobertas corroboram com os estudos sobre Economia Criativa. Autores como, Howkins (2013) e Florida (2011) defendem as vantagens da diversidade cultural como força motriz para o fomento da criatividade. Krznaric (2015) afirma que o pensamento criativo melhora com uma injeção de empatia. No campo do Design, a empatia, ou seja, a prática de se colocar no lugar do outro para a criação de produtos ou serviços é uma praxe. BROWN (2010) aponta que construímos pontes de insights por meio da empatia.
DESENVOLVIMENTO
Além de incentivar a pluralidade de gênero, raça e cor entre os funcionários, algumas empresas começaram a descobrir as vantagens de promover a multiplicidade de pontos de vista e experiências. Porém, recentemente, outro tipo de diversidade começou a ganhar visibilidade e ser tema de estudos acadêmicos em nível global: a de pensamento, diversidade cognitiva. “Em artigo publicado pela escola de negócios Insead, os estudos apontam que, para tarefas que exigem criatividade, equipes diferentes se saem melhor do que aquelas compostas de indivíduos semelhantes, desde que os membros compartilhem suas habilidades.” (CRIVELLARO, 2018, p. 38).
Segundo Florida (2011) a criatividade tem se tornado o bem mais estimado de nossa economia, embora ela não sendo exatamente um ‘bem’, mas fruto da atividade humana.
Por mais que as pessoas possam ser contratadas e despedidas, sua criatividade não pode ser comprada e vendida, ou ativada e desativada ao bel-prazer de quem quer que seja. Entre outras coisas, é por isso que vemos surgir uma nova ordem no ambiente de trabalho contratar tendo em vista a diversidade não é mais uma obrigação legal, mas uma questão de sobrevivência econômica, pois a criatividade vem em todas as cores, gêneros e preferências pessoais. (FLORIDA, 2011, p. 5).
Nesse contexto destaca-se importância da diversidade para o fomento da Economia Criativa e, consequentemente, as questões que envolvem empatia. Segundo Krznaric (2015, p. 20), “o pensamento criativo melhora com uma “injeção” de empatia, pois ela permite ver os problemas sob perspectivas diferentes que de outra maneira permaneceriam ocultas.”
A partir do recorte denominado empatia, questionou-se: como desenvolver a competência empatia no ambiente organizacional?
Krznaric (2015) aponta que as pessoas extremamente empáticas introduzem seis qualidades incomuns em suas conversas: Curiosidade por estranhos, Escuta radical, Retirada da própria máscara, Preocupação com os outro, Um espírito criativo e Muita coragem.
CONCLUSÃO
O artigo aponta que a interconexão da Economia Criativa e o Design estão nas questões relacionadas a prática da empatia em prol da criatividade nas organizações. No mundo corporativo, cada vez mais adere-se o pensamento e ferramentas do Design para solucionar problemas complexos. O artigo resultou na criação de um exercício no formato de uma ferramenta.